“O mundo todo é ligeiramente chato,parece. O que importa na vida é estar junto de quem se gosta. Isso é a maior verdade do mundo” (citação de Clarice). Posso sentir isso de maneira que me faz o coração acelerar. Não estou junto de todos que gosto, ou ao menos dos poucos que gostaria de estar, tenho Laura* uma verdade, mas eu queria mais, porque o mundo é mesmo ligeiramente chato, e eu queria estar bem deitada no meio, entre Clarice* e Dilermando*, como se o tempo fosse parar, eu não me importaria se fossem os últimos minutos do mundo, porque o mundo chato iria embora, e um novo mundo surgiria. Ta. Um tanto confuso, mas faz seu certo sentindo.
A confusão é longa data, e antes organizada na minha mente, virou o que eu poderia chamar de um terremoto, coisas que não se sabem como arrumar, mas dar-se um jeito no final.
O problema é esse bendito final, parece não chegar nunca. Coisas aqui, coisas ali, e o tempo vai rodando. Sinto falta das gargalhadas dela, do cheiro dela, de como nos despedíamos no telefone todas as noites antes de dormir. Sinto falta, das interferências dela na minha vida. É uma coisa bem louca, qualquer música do Pink F. seria capaz de definir o que sinto...Confortably Numb ? ...quem sabe.
Mas, onde eu quero atingir está muito longe da minha mira. Seria incapaz, faze-la ver ou ouvir o que se sente de verdade por dentro.
Hoje eu odeio, os mais terríveis sentimentos, a raiva, o ódio, o medo...é porque eu os sinto, e não os quero mais. A incapacidade de compreender me pegou por inteira. Talvez Dilermando* tenha me ajudado a tornar as coisas mais simples, ou mais confusa.

“Eu tenho tido um exaurimento cerebral enorme. Passo épocas irritada, deprimida...” (citação de Clarice)