terça-feira, 29 de março de 2011

Por Adélia*: Take a Look on Your Feet*

Por Adélia*: Take a Look on Your Feet*: "'...acho, que começo...já começo achando um monte de coisas...porque o dia amanheceu mesmo assim...hoje achei tudo meio Supertramp, e me deu..."

Take a Look on Your Feet*

"...acho, que começo...já começo achando um monte de coisas...porque o dia amanheceu mesmo assim...hoje achei tudo meio Supertramp, e me deu vontade de ir a São Paulo...mesmo assim pra desvairar...acabar com todos se*s...mas a já diz um amigo meu Jaime' ainda bem que vontade passa...mas sentimento mesmo é uma coisa incurável, eu também acho. De certa forma me roubaram a tal dignidade, ou eu me permitir ser roubada. Mas eu posso falar um pouco de você?...eu devo...eu penso...pensei sobre você, e sobre outra pessoa antes de você...Acabei achando tudo igual, o que de fato não é. Você tinha daquelas coisas que só você tem...de me levar embora, de me tirar do rumo, de adimirar coisas que eu acahava (mais uma vez) que só eu poderia...mas será mesmo esse você, ou será um personagem criado por mim? Entrei naquela sala hoje, com algumas pessoas, eu me senti vazia, depois me senti cheia demais, de muita emoção, de muito tudo...olhei vagamente para os meus pés, e me peguei lendo mesmo em latim o que eu havia tatuado..."O Amor Vence Tudo"..e juro, jurinho que mais uma vez me deu vontade de apagar ela....(escuto Dreamer agora, pq não posso escutar mais nada), evoltando ao raciocínio, eu não poderia desconfiar um segundo sequer' do amor. Não ali onde todo mundo falava de amor, de uma forma polida e ao mesmo tempo sem misericórdia...Claro, você me conhece, sabe que sou levemente esquecida, e pensei em anotar alguma coisa do que aquelas pessoas diziam, mas não cabia. Elas falavam sobre amar-se, perdoar-se, por ser livre...assim, descaradamente elas falavam sobre o livre arbítrio, de como chegaram onde estão, e não fosse por esse amor que elas sentem por elas, certamente que estariam mortas...assim mesmo, mortinhas da Silva. Me senti imediatamente um grão de areia...oras bolas, onde eu havia enfiado todo esse amor, se não nos meus pés? Então é isso...? Enfia-se os pés pelas mãos e vai se perdendo, ou se encontrando? Stop, era horá do café, e eu precisava organizar meus pensamentos de novo e voltar os olhos para minha caixa postal, que não tinha você lá. Mas que ridículo, eu falando de amor, e querendo ser amada?...Trim Trim...acabou a hora do café...todos retornaram a sala, para falarem mais uma vez sobre amor...redenção...nem a mim, nem a você, a eles mesmos...Todos, ou quase todos falavam do amor* que perderam até chegarem ali...achei fantástico...pessoas, que perderam pessoas, e não se anularam por isso, ao contrário se amam cada vez mais, um dia de cada vez...mesmo assim continuo achando extraordinário, porque eu ali na minha insignificancia, servida de chofer, nem sei ao certo o que planejo sentir amanhã. Alguém me deu Laura Marling de presente hoje, outras pessoas, me deram os ouvidos, algumas me deram um sorriso simples, como o de todo dia, mas acho que pouca gente, ou quase nenhuma, sabia mesmo como eu me sentia...ou sinto...de volta a sala...as pessoas lá estavam radiantes...e era só terça-feira, que dia importante!!! É dia de debater, mas ningue´m debatia o assunto, acabavam por falar de amor...uns amavam muito os filhos...e os outros...ahhhh os outros, como se amavam...eu era a estranha que partilhava dos seus segredos...e me senti tola, porque sempre que posso ir lá, me sinto honrada, é que na maioria das vezes, partilho do mesmo desejo, mas hoje eu não partilhava, eu não me amava, eu nem sei mesmo se eu estava lá...as vezes é um bom, dar um passei do lado de fora da cabeça da gente. Fiz isso hoje, terminei, conversando com o porteiro, esquentando a barriga com caldo de feijão na casa da amiga, e chorando um pouco no chão da minha cozinha (isso é quase Amy*)...Na verdade, eu não terminei nada, porque nem comecei, e quando eu começar, acho que não vou poder parar!!!